s. m. 1. Aquilo que é, que existe, ente. 2. O ente humano. 3. Existência, vida. 4. O organismo, a pessoa física e moral. 5. Forma, figura.
Eu creio que sou. Acredito que todos sejam. O problema é o que.
Tem gente que diz que é mais fácil dizer o que não é. Isso, entretanto não define o que se é. Afinal é possível ser tantas coisas que o processo de eliminação é eterno.
Não gosto quando confundem o ser com o ter. Ou o ser com o estar. Você é rico ou simplesmente tem dinheiro? Você é feliz de fato ou só está feliz agora?
Não sei se situações efêmeras podem ser ditas como ser. É o que se é, o que sempre será e foi.
A gente muda. claro. Mas mudamos a partir de algum ponto, do que éramos. O que fomos nunca vai deixar de ser o que foi na época. Então evoluímos ou regredimos, mas nunca deixamos de ser.
Somos
És
Sou
o quê?
O que sou afinal?
Só saber que sou não me faz ser.
Porém sou. E, definitivamente, hoje não sei o quê.
Cap. 14: Natal
Há 14 anos
Esse debate é antigo. O ser só é quando não é; o ser não é, está sendo e toda uma enorme gama de axiomas para entender o que seria "ser humano". Eu acho que a questão gira mesmo em torno da complexidade de definir o que somos, o que seremos e acompanhar o movimento das teorias que estão debruçadas sobre a racionalidade.
ResponderExcluirInteressante também você tocar na confusão entre o ser e o ter. Guy Debord no seu A Sociedade do Espetáculo fala que essa problemática já passou por uma reestruturação. Todo ser já não passa mais pela categoria do ter. Agora ele se instala na categoria do parecer. Muito em função da tradição marxista que sempre estudou o movimento aparente dos objetos e até mesmo dos sujeitos que acabam camuflando sua "essência" (com todas as aspas do mundo) em sua aparência.
Eu ainda fico com a definição do ser que não o dissocia de seu movimento histórico. Sabemos que alguma raiz nos mantem ligado a nossa individualidade, nem que seja os nomes. Mas, de fato, o ser é efêmero e dialético. O verbo não é cristalizado. E, eu pelo menos, entendo seu blog caminhando nessa direção: na descontrução dos ideais pré-fabricados, das definições do dicionário que não dão conta das relações que regem nossas vidas.
Recebi um prêmio pelo meu blog de poesias. E repasso ele ao Devaneio mais que merecidamente. É só ir buscá-lo no contro-verso.blogspot.com.
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