10 de março de 2009

Silêncio

si.lên.cio
sm (lat silentiu)
1 Ausência completa de ruídos; calada. 2 Estado de quem se cala ou se abstém de falar; recusa de falar. 3 Abstenção voluntária de falar, de pronunciar qualquer palavra ou som, de escrever, de manifestar os seus pensamento. 4 Discrição. 5 Descanso; estado calmo; estado de paz, de inação. 6 Mistério, segredo. (...)
Passar em silêncio: omitir.
Reduzir ao silêncio: obrigar a calar por meio de argumentos convincentes.


Estou em silêncio.
Não sei o motivo, ou simplesmente não o procuro. Omito de mim mesma o que pode ser perigoso dizer em voz alta. Mesmo que ninguém possa me ouvir.

Ouço o silêncio.
Isso não parece possível, gramaticalmente falando. Já que o silêncio é justamente a ausência de ruídos. Entretanto o silêncio possui um peso. Tal que se ouve.

Vivo no silêncio.
Não vejo porque sairia dessa condição.

Mentira.
Há mil argumentos. Porém nenhum é tão forte quanto aquele que me impede de mudar.
Qual é esse? Não sei. Sendo assim não há como combatê-lo.

Silêncio.
silêncio pode ser visto também como sinônimo de falta de coragem.
(Sim, utilizo um eufemismo para covardia. Não gosto de me ver como covarde, prefiro acreditar que me falta uma dose de coragem)

Essa falta de coragem provém de anos de prática na absoluta ausência de ruído.

O silêncio é um consolo e um conforto.
É a certeza que enquanto ele existe não há porque temer mudanças.

No silêncio podemos fingir que não reparamos, que não sentimos falta. No silêncio podemos fingir qualquer coisa, ser qualquer coisa. No silêncio todas as desculpas são válidas.



Silêncio.

Até o primeiro grito.

Um comentário:

Devaneie.